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Adital

Porto Rico : Estudantes completam uma semana de greve contra aumento de 300% na matrícula

22 de Dezembro de 2010

Há uma semana, estudantes da Universidade de Porto Rico (UPR), em San Juan, desataram uma greve que ainda não teve fim. Os alunos reclamam da decisão imposta pelo Governo porto-riquenho e pela administração do Sistema da UPR de aumentar a matrícula em 300%. Os últimos protestos organizados pelos grevistas resultaram em estudantes presos e feridos.

A justificativa para o aumento significante da matrícula é que a universidade estaria passando por problemas financeiros e, por isso, precisaria impor aos alunos e alunas uma "cota de estabilização", que seria a forma de pagar uma linha de crédito de 100 milhões de dólares.

Após a divulgação desta informação, os estudantes da UPR descobriram que a taxa não é garantia para o empréstimo e tornaram público o documento que comprovava isto. Mesmo a verdade tendo vindo à tona o chefe da UPR continua assegurando que a medida é necessária para o sustento da universidade.

As controvérsias nas justificativas desencadearam constantes e intensas manifestações organizadas pelas estudantes. De acordo com informações da agência NCM, após o episódio, a violência contra os alunos também aumentou, deixando policiais e estudantes universitários feridos, além de mais de 15 pessoas detidas.

As manifestações tiveram início dentro da faculdade de ciências naturais e tomaram todo o campus principal da UPR, tendo sido levadas para as ruas de San Juan. O protesto mais recente foi encerrado com violência e a utilização de bombas de gás lacrimogêneo em frente quartel da Polícia Nacional.

Segundo a Telesul, o governador de Porto Rio, Luis Fortuño, assegurou que não atenderá ao protesto dos universitários, visto que julga ser uma solicitação sem fundamento. Além disso, não tem sido verificada por parte do governo qualquer intenção de sequer reduzir a nova taxa. Para cada matéria os estudantes devem pagar 49 dólares. Com o aumento, a universidade ficará inviável para muitos.

Assim como parte da população porto-riquenha, a Irmandade de Empregados Isentos Não Docentes da UPR está acompanhando e apoiando a luta estudantil por uma universidade acessível para todos. Em comunicado, os funcionários da UPR prestaram solidariedade aos universitários em greve no Recinto de Rio Piedras e condenaram a ocupação policial em Humacao e Cayey.

Os funcionários criticaram ainda a tentativa do governo de desqualificar a greve estudantil e asseguraram em nota para a imprensa que a intenção dos alunos é lutar pelo "direito de todos os porto-riquenhos a uma educação universitária pública e o acesso à oferta de trabalhos acadêmicos e investigativos de qualidade".

Dias antes de ser deflagrada a greve, estudantes e professores saíram às ruas em marcha, partindo do Capitólio e seguindo até o palácio de Santa Catalina, para pedir que o Governo se abrisse ao diálogo e evitasse a segunda greve estudantil do ano de 2010 na UPR. A iniciativa foi frustrada, pois o governo continua se recusando a conversar com os manifestantes.

Esse texto foi publicado no site Adital

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